Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 77,8% da pauta exportadora está sujeita a alguma taxação adicional, tendo em vista as ordens executivas que instituíram as tarifas de 10%, de 40% e a Seção 232 do Trade Expansion Act, de 25% e 50%, aplicadas exclusivamente a produtos de aço, alumínio, cobre, veículos e autopeças.
Mais da metade das exportações enfrentarão sobretaxas de 50%.
O estudo tem como base dados da United States International Trade Commission (USITC), com análise no nível de 10 dígitos do código tarifário norte-americano, o que permite identificar com precisão os produtos sujeitos às medidas comerciais.
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É importante destacar, aponta a CNI, que cada medida comercial tem a própria lista de cobertura e isenções, o que significa que produtos livres de uma tarifa adicional podem estar submetidos à outra.
“O cruzamento mostra que dos 77,8% das exportações sujeitas a taxação adicional, 45,8% estão submetidas a tarifas de 40% ou 50% direcionadas especificamente ao Brasil”.
Esse retrato dá a dimensão do problema enorme que teremos de enfrentar e o quanto vamos precisar avançar nas negociações para reverter essas barreiras. É um trabalho que precisa envolver governos e os setores produtivos. Os EUA são os principais parceiros comerciais da indústria, precisamos encontrar saídas”, afirma Ricardo Alban, presidente da CNI.