O senador Carlos Portinho (PL-RJ) criticou publicamente o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, também do PL, em discurso na tribuna do Senado nesta quarta-feira (24/9). Portinho apontou supostas falhas do governo estadual no enfrentamento à violência, sustentado que a situação em Copacabana e em outras áreas da cidade seria “crítica”.
“Enquanto anistiados faziam movimento contra a anistia do momento, Copacabana era tomada de bandidos em cima dos ônibus, descendo e entrando em restaurante e assaltando os consumidores. Arrastões por Copacabana… e, hoje, ainda não se viu um pronunciamento do governador Cláudio Castro. Isso é inadmissível”, disse o senador. E acrescentou: “O governador é do meu partido? Dane-se!”.
A declaração ocorre em um momento de tensão política: Portinho e Castro disputam internamente, no PL, uma das duas vagas ao Senado nas eleições de 2026 no Rio de Janeiro. A outra vaga será ocupada pelo senador Flávio Bolsonaro, candidato à reeleição.
Rivalidade na disputa ao Senado
Não é a primeira vez que Portinho critica a atuação do governo estadual no combate à criminalidade. Em 25 de agosto, ele afirmou em seu perfil no Instagram que o Rio de Janeiro “se mostra absolutamente incompetente no combate à violência”. As declarações do senador vieram após um assalto na cidade de Resende, no qual a mãe e os avós de Flávio Bolsonaro foram feitos reféns em sua própria residência.
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Além disso, em 4 de setembro, Portinho questionou publicamente a ausência de seu nome em um levantamento divulgado pela Paraná Pesquisas, afirmando que a exclusão distorce o cenário da disputa ao Senado em 2026.
O senador ocupa a cadeira no Senado desde novembro de 2020, após a morte de Arolde de Oliveira (PL). Em 2026, duas vagas estarão em disputa no Rio de Janeiro, com a possibilidade de Portinho concorrer contra o próprio governador Cláudio Castro.