Cidades & Regiões Administrativas

Rio Grande do Norte tem a matriz elétrica mais sustentável do Brasil –

Lá se vão duas décadas desde que um estado nordestino, um dos menores da Federação, iniciou uma aposta na geração de energia em um modelo diferente do que estava vigente no país até então com a instalação dos primeiros parques eólicos. Hoje, o resultado é que a aposta consolidou-se como realidade e o Rio Grande do Norte tornou-se oficialmente, no primeiro semestre de 2025, o estado com a matriz elétrica mais verde e sustentável do Brasil.

Os dados do Balanço do Setor Elétrico do Rio Grande do Norte, produzido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação do governo potiguar, indicam que as fontes eólica, solar, biomassa e hídrica respondem por 99% da potência outorgada e 98,5% da potência instalada no estado.

Desse total, o boletim aponta que 97,5% de toda a nova potência fiscalizada no estado corresponde a fontes eólica ou solar.

Apenas no primeiro semestre deste ano, nove novos empreendimentos (sete solares e dois eólicos) acrescentaram 256,11 MW ao sistema e se estima ainda que 17 novos parques eólicos entrem em operação ainda em 2025 e a projeção de acréscimo de 9,5 GW de energia solar até meados de 2032.

A secretaria do estado ainda projeta R$ 55,3 bilhões a serem investidos até 2030 em projetos de energia renovável.

“A introdução do hidrogênio verde como nova fonte-chave; exploração de eólica offshore, a energia gerada no mar; maior participação de energia solar, com a previsão de que ela ultrapasse a eólica em participação; uso de biomassa/indústria verde como complemento, aproveitando resíduos ou derivativos de renováveis”, lista o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico do estado e especialista no setor energético, Hugo Fonseca, como perspectivas de novas fontes.

E, por fim, fica uma pergunta: o caminho feito pelo Rio Grande do Norte pode ser seguido por outros estados? De acordo com Hugo Fonseca, a resposta é sim. “O modelo é replicável, especialmente por outras regiões que tenham bom potencial solar e eólico. O que é preciso é adaptação local, mas os princípios legais, regulatórios, de planejamento, incentivos, parceria público-privada, capacitação, são aplicáveis”.

Crédito da Matéria

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *