Em Brazlândia, toda terça e quinta-feira, o galpão da igreja se torna um grande ginásio, recebendo muita atividade física, lazer e interação. Por lá, mais de 100 alunas se reúnem para as aulas de funcional com o professor voluntário Iran Cláudio da Silva, 55.
“Eu já viria de forma voluntária, sem receber nada, mas com esse suporte é como se fosse um reconhecimento do nosso trabalho. O grande retorno é ver as alunas mais felizes, muitas delas que antes estavam em depressão e agora não têm mais. É muito gratificante”, relata o educador físico.
Outras idosas também falam do impacto positivo da iniciativa, como é o caso da aposentada Joana Darck Ramalho Brasileiro Ferreira, 71 anos. Ela participa das aulas há seis meses e diz que os benefícios vão além do corpo. “Aqui é uma ginástica social. Trata do corpo e do espírito. Melhorei minha saúde, emagreci, fiquei mais disposta e ainda fiz novas amizades. Além de tudo, ganho abraços, e isso é muito bom”, comemora.
No caso de Brazlândia, as atividades são feitas pela associação G16, formada por policiais militares que há quase 15 anos promovem ações sociais na cidade. O subtenente e educador físico Ulisses da Costa Dias explica que hoje são cerca de 15 educadores voluntários atendendo 700 pessoas em diferentes modalidades. “O foco é o idoso, mas todos são bem-vindos. O ganho maior é o social. Muitos idosos são sozinhos, e aqui encontram convivência, saúde e alegria. O projeto se tornou um verdadeiro policiamento comunitário, aproximando a PM da comunidade”, afirma.
Para a aposentada Lira Lúcia de Faria, 80, a aula é um compromisso inadiável: “Toda terça e quinta eu tô aqui, sem falta. Eu só tenho elogios. O carinho que recebo aqui me faz muito bem, sem contar que fiz muitas amizades novas. É maravilhoso”.