O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho (foto em destaque), presta depoimento, nesta quinta-feira (2/10), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Antes de a oitiva começar, o colegiado vota 97 requerimentos que pedem a convocação e o convite de autoridades, além da requisição de documentos e das quebras de sigilo. A CPMI teve início por volta das 9h50.
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O chefe da CGU comparece na condição de convidado, isto é, quando não tem a obrigação de estar presente. O formato em convite foi costurado pela base governista do Congresso Nacional , que busca um respiro nas investigações. O colegiado apresentou três requerimentos para ouvir o ministro.
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Os parlamentares esperam ouvir, principalmente, sobre a falha do órgão em não ter descoberto as fraudes nos descontos associativos de aposentados e pensionistas antes. O esquema foi revelado pelo Metrópoles em dezembro de 2023. À época, Vinícius de Carvalho chefiava a CGU.
A Farra do INSS e a cobertura do Metrópoles
- O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023.
- Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
- As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal e abasteceram as apurações da CGU.
- Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela corporação na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril e que culminou nas demissões do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência Social na época, Carlos Lupi.
Em uma das primeiras oitivas da comissão mista, a diretora da CGU, Eliane Viegas Mota, declarou que o INSS tomou conhecimento do esquema de fraudes em 2019, mas que o instituto optou por não dar sequência às apurações.
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Senadores Alfredo Gaspar (PL-AL) e Carlos Viana (Podemos-MG) são, respectivamente, relator e presidente da CPMI do INSS
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Deputado Duarte JR. e senador Carlos Viana na abertura da CPMI no INSS
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VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto4 de 8
CPMI do INSS ouve, nesta quinta-feira (25/9), o empresário e lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, sobre as fraudes do INSS
VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto5 de 8
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS – 2025 (CPMI – INSS) realiza oitiva do presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer).
O objetivo da comissão é investigar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), envolvendo descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas. A CMPI é formada por senadores e deputados, num total de 32 titulares e igual número de suplentes.
Mesa:
presidente da CPMI – INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG);
presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), Carlos Roberto Ferreira Lopes.
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Ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, presta depoimento à CPMI do INSS
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VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
Como mostrou o Metrópoles, o INSS recebeu ao menos quatro avisos de diferentes órgãos fiscalizadores sobre os descontos indevidos desde 2018. O primeiro teria sido pelo Ministério Público Federal (MPF).
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