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Em ata, Copom diz que impactos do tarifaço ainda são “incertos”

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou, nesta terça-feira (5/8), a ata referente à reunião de julho. Segundo o Copom, a imposição de tarifas unilaterais de 50% pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras “tem impactos setoriais relevantes” e “impactos agregados ainda incertos” a depender de como se encaminharão as negociações.

“O comitê acompanha com atenção os possíveis impactos sobre a economia real e sobre os ativos financeiros. A avaliação predominante no comitê é de que há maior incerteza no cenário externo e, consequentemente, o Copom deve preservar uma postura de cautela”, afirmou a diretoria do BC em trecho do documento.

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O Copom ainda ressaltou que, “como usual”, “focará nos mecanismos de transmissão da conjuntura externa sobre a dinâmica de inflação interna e seu impacto sobre o cenário prospectivo”.

Entenda a situação dos juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação.
  • Os integrantes do Copom são responsáveis por decidir se vão cortar, manter ou elevar a taxa Selic. Uma vez que a missão do BC é controlar o avanço dos preços de bens e serviços do país.
  • Ao aumentar os juros, a consequência esperada é a redução do consumo e dos investimentos no país.
  • Dessa forma, o crédito fica mais caro e a atividade econômica tende a desaquecer, provocando queda de preços para consumidores e produtores.
  • Projeções mais recentes mostram que o mercado desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o governo Lula (PT) e o mandato de Galípolo à frente do BC.
  • A próxima reunião do Copom está prevista para os dias 16 e 17 de setembro.

Na ata, o comitê explica os motivos que levaram ao fim do ciclo de altas na taxa básica de juros, a Selic. A taxa foi mantida em 15% ao ano, após sete aumentos consecutivos.

O ciclo de aperto monetário teve início em setembro do ano passado, quando o comitê decidiu interromper o ciclo de cortes e elevar a Selic, que passou dos então 10,50% ao ano para 10,75% ao ano.

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