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CLDF: sessão Plenária é retomada com debates sobre taxação e Bolsonaro

A primeira sessão Plenária do segundo semestre de 2025 que retomou as atividades na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), após recesso parlamentar foi marcada por debates sobre democracia, taxação e a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A reunião ocorreu nesta terça-feira (5/8).

Ao iniciar a reabertura, o presidente da Casa, deputado Wellington Luiz (MDB), falou sobre o balanço do primeiro semestre da casa legislativa. Segundo ele, 134 preposições foram aprovadas pelos distritais: “Desses, se destacam projetos que garantem a segurança de mulheres, crianças e idosos”.

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Após mencionar que um dos compromissos da Casa ao longo do ano será a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT), Wellington Luiz passou a palavra para outros parlamentares.

Primeiro a discursar, o deputado Chico Vigilante (PT) concordou com a importância do PDOT e chamou atenção dos brasilienses para o impacto que a reforma tributária causará no DF. Vigilante também criticou a situação política atual do Brasil.

Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, o distrital Thiago Manzoni subiu no púlpito e usou o tempo de fala para atacar Alexandre de Moraes. “Sancionado internacional por infligir direitos humanos”, declarou Manzoni.

Enquanto tecia críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o distrital citou a existência de um “judiciário paralelo” e disse que esse “Poder” prendeu os envolvidos em 8 de janeiro.

“Não é à toa que [Alexandre de Moraes] foi punido com a lei Magnitsky. O Brasil está sendo sancionado com tarifas em diversos produtos. Hoje o maior país livre do mundo [fazendo referências aos Estados Unidos] não vê o Brasil como democracia. Hoje o Brasil é uma ditadura”, disse o deputado.

“O que estamos esperando? Se não formos para a rua agora, amanhã será tarde demais. A luta hoje não é entre a direita e a esquerda. A luta é pela liberdade do Brasil. Convoco e convido o povo brasileiro para ir para as ruas por sua liberdade”, afirmou.

“Bandeira verde, amarelo e azul”

Logo após a fala de Manzoni, o deputado Fábio Félix (PSol) criticou a ausência do governador, da vice-governadora ou de representantes do governo para falar sobre projetos para o DF ao longo da primeira sessão da CLDF.

“Pela primeira vez em 7 anos, a sessão solene não contou com a presença do governador Ibaneis Rocha (MDB), da vice-governadora Celina Leão (PP) ou de algum representante do governo. […] Talvez não estejam aqui porque vivemos uma crise”, disse Fábio.

Durante discurso, o distrital chamou Bolsonaro de “líder da quadrilha que queria dar golpe no Brasil” e comemorou a prisão domiciliar do ex-presidente: “Está preso agora, mas merecia mais”.

Privatização da Rodoviária

O deputado Gabriel Magno (PT) criticou a privatização da Rodoviária do Plano Piloto e disse que ocorrerá uma audiência pública na próxima semana para falar sobre o tema.

“O caos se instalou. As lojas estão fechando porque as pessoas não visitam mais. Estão cobrando R$ 12 por hora no estacionamento. Isso tudo é para atender os direitos privados, e não da população”, desabafou o distrital, que também contou que acompanhará o acordo firmado entre o GDF e o sindicato dos professores.

Antes de finalizar o discurso, Gabriel disse que a Justiça cumpriu “corajosamente” a prisão de Bolsonaro, relembrou a morte de Rubens Paiva – durante a ditadura militar – e criticou Eduardo Bolsonaro.

“O senador da República está lá nos Estados Unidos falando que Alexandre de Moraes desrespeitou a constituição dos Estados Unidos. Eles querem entregar o Brasil. […] A democracia brasileira vai resistir”, pontuou.

PDOT

Max Maciel (PSol), por sua vez, discursou sobre a importância de votar o PDOT com responsabilidade: “Para que não seja aprovado com tratoraço”.

O parlamentar lembrou, ainda, a reunião técnica da Comissão de Transportes da CLDF, presidida por ele, e que abordará ao programa Vai de Graça. O evento ocorrerá na quarta-feira (6/8), a partir das 10h.

Max também comentou sobre uma segunda audiência pública que ocorrerá em agosto. Dessa vez a pauta será a regularização e implantação de saneamento básico no bairro Santa Luzia, na Estrutural.

Fechando o espaço de fala dos distritais, Jorge Viana (PSD) denunciou o caso de uma técnica de enfermagem do Pará que foi afastada após denunciar que servidores da área da saúde estavam limpando um hospital que não contratou equipe de limpeza para o local. O parlamentar repudiou a ação e pediu providências.

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