O órgão de supervisão de riscos do G20 – grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana – alertou nesta segunda-feira (13/10) para a possibilidade de um “colapso” nos mercados financeiros globais, em meio à escalada nos preços das ações e de outros ativos negociados em bolsas de valores.
De acordo com o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês), os mercados mundiais estão cada vez mais suscetíveis a eventuais colapsos diante do aumento da incerteza econômica e da instabilidade geopolítica global.
Em uma carta endereçada aos países que integram o G20, o presidente do FSB, Andrew Bailey, afirmou que, diante de tal cenário, é fundamental que a cooperação multilateral entre as nações do bloco seja intensificada – não apenas para que sejam evitadas crises, mas também para impulsionar o crescimento sustentável da economia.
“Embora a maioria das jurisdições tenha visto uma recuperação nos mercados financeiros nos últimos meses, as avaliações agora podem estar em desacordo com as perspectivas econômicas e geopolíticas incertas, deixando os mercados suscetíveis a um ajuste desordenado”, alertou Bailey no documento, segundo informações da Reuters.
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A carta é datada de 8 de outubro de 2025 e foi publicada antes do início das reuniões do G20 programadas para esta semana, em Washington (Estados Unidos).
O presidente do FSB também observou que o aumento contínuo dos níveis das dívidas dos países é outro motivo para preocupação e também interfere na volatilidade do sistema financeiro global. “A necessidade de padrões e cooperação globais, portanto, continua bastante clara”, reforçou.
Escalada da guerra comercial
O alerta emitido pelo órgão do G20 acontece dias depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar a imposição de tarifas adicionais de 100% sobre os produtos da China, em uma nova escalada da guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas do planeta.
Após reação da chancelaria chinesa, que prometeu não se intimidar diante das ameaças de Trump, o presidente dos EUA mudou o tom e afirmou, no domingo (12/10), que quer “ajudar e não prejudicar a China”. Em publicação nas redes sociais, Trump também disse que o líder chinês, Xi Jinping, “teve um momento ruim”, mas que “não quer a depressão do seu país”, se referindo a possíveis retaliações econômicas de Pequim.
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