A Corregedoria da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) instaurou um processo administrativo disciplinar para apurar supostas irregularidades referente ao processo que investiga uma denúncia contra o professor Tiago Alves Ferreira (foto em destaque), preso em 2 de outubro suspeito de abusar de uma criança de quatro anos, aluna da Escola Classe da 203 do Itapoã.
O ato foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) nesta quinta-feira (9/10).
A coluna apurou que a atual direção da escola foi afastada por tempo indeterminado por supostamente manipular os servidores a falarem a favor do professor suspeito. Uma equipe interventora teria sido acionada.
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A SEEDF foi procurada pela reportagem e afirmou que, ao receber a denúncia, o caso foi imediatamente encaminhado à Corregedoria para apuração dos fatos e adoção das medidas cabíveis.
“Ressalta-se que a SEEDF determinou o afastamento preventivo dos gestores, medida de caráter acautelatório e assecuratório, adotada para resguardar a lisura das apurações. Tal providência não implica juízo de valor quanto à responsabilidade dos envolvidos, servindo apenas para garantir a adequada instrução do processo, que ocorrerá em estrita observância às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa, por meio de Processo Administrativo Disciplinar”, disse, por meio de nota.
“A Secretaria reforça que repudia qualquer forma de violência, especialmente contra crianças e adolescentes, e permanece à disposição para colaborar com as investigações”, completou.
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O ato foi publicado nesta quinta-feira (9/10)
Reprodução/DODF
Relembre o caso
O professor da educação infantil foi preso preventivamente pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na tarde da última quinta-feira (2/10) sob acusação de estupro de vulnerável.
Conforme apontam as investigações, Tiago Alves teria beijado as partes íntimas da criança. O crime teria sido descoberto após ela relatar a ação do professor à mãe, que prontamente acionou a polícia.
Segundo a PCDF, após o relato da criança, uma ocorrência foi registrada na 6ª Delegacia de Polícia (DP) (Paranoá).
À coluna, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), por meio da Coordenação Regional de Ensino (CRE) do Paranoá, informou que o professor integrava o quadro de contratos temporários da rede pública desde o início do ano letivo e estava em exercício na Escola Classe 203 do Itapoã.
A pasta destacou que após o recebimento da denúncia, nessa quinta (2), o profissional foi afastado imediatamente e desligado de suas funções.
Quem é o professor
A coluna apurou que Tiago Ferreira se diz “pai, educador e líder de comunidade tradicional de matriz africana”.
A reportagem teve acesso a uma live publicada pelo investigado. No vídeo, ele se apresenta como homem negro, faz uma autodescrição detalhada e fala sobre suas crenças religiosas.
A imagem do suspeito é divulgada pela polícia para que outras vítimas possam identificá-lo e registrar a denúncia.