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Beira-Mar e Marcinho VP são alvo da polícia por roubo milionário do CV

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta terça-feira (7/10), uma das operações mais emblemáticas dos últimos anos contra o crime organizado. Após dois anos de investigações, a corporação conseguiu a prisão de lideranças do Comando Vermelho (CV) acusadas de comandar um esquema milionário de roubo e receptação de veículos que abastecia os cofres da facção.

A ação, conduzida pela 53ª DP (Mesquita) e pela 18ª DP (Praça da Bandeira), cumpre 20 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça fluminense contra nomes históricos da facção, incluindo Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP.

Entre os alvos também estão Ricardo Chaves de Castro Lima, o Fú, Ocimar Nunes Robert, o Barbozinha, Wilton Carlos Rabelo Quintanilha, o Abelha, e Paulo César Batista de Castro, o Paulinhozinho, além de outros integrantes ligados ao núcleo financeiro e logístico do grupo.

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De acordo com as investigações, o roubo de veículos se tornou uma das principais fontes de financiamento da facção, movimentando altos valores com baixo risco.

Cada integrante desempenhava uma função específica: desde a execução direta dos roubos até o transporte e desmanche dos automóveis. Os veículos eram levados para comunidades dominadas pelo Comando Vermelho, onde eram repassados com o aval dos chefes locais e conhecimento de toda a estrutura criminosa.

A Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) destacou que, nesta fase, os investigadores recorreram à Teoria do Domínio do Fato, instrumento jurídico que permite responsabilizar líderes de organizações criminosas mesmo quando não participam diretamente dos crimes, mas exercem controle sobre sua execução e lucram com os resultados.

Parte dos acusados já cumpre pena em unidades prisionais federais e estaduais, e os mandados estão sendo formalizados dentro do sistema penitenciário. Outros permanecem foragidos. Entre os foragidos, estão nomes que, segundo a polícia, mantinham comunicação constante com presos de alta periculosidade, coordenando o roubo, o transporte e a venda dos veículos.

A operação representa um marco para a Polícia Civil do Rio ao aplicar a responsabilidade direta sobre as lideranças do Comando Vermelho, quebrando uma tradição de impunidade das cúpulas criminosas. Até então, a maior parte das investigações concentrava-se nos executores, sem alcançar os verdadeiros articuladores do esquema.

As diligências continuam para capturar os criminosos que permanecem foragidos. A polícia também trabalha no rastreamento financeiro dos valores obtidos com o esquema de roubo e venda de veículos, com o objetivo de identificar contas e laranjas usados para lavar o dinheiro da facção.

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