O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (2/10), que a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá em novembro, em Belém (PA), não será “a COP do luxo”. Em agenda na Ilha do Marajó (PA), ele reconheceu os problemas na região, mas defendeu a realização do evento na capital paraense.
“Eu sei os problemas de Belém, sei os problemas de drenagem, da pobreza. Por que nós aceitamos o desafio de fazer a COP lá? Porque é preciso mostrar para o mundo o que é a Amazônia e o que é o Pará”, disse o chefe do Planalto em discurso.
Lula também cobrou presidentes de países desenvolvidos pelo compromisso com o financiamento de ações climáticas. “Não vai ser a COP do luxo, é a COP da verdade. E nós queremos saber se os presidentes do mundo estão preocupados com a questão climática. Quero saber se o presidente [Donald] Trump, o Xi Jinping, o [Emmanuel] Macron, estão preocupados em resolver o problema da situação climática”, ressaltou.
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O petista ainda brincou, dizendo que vai dispensar a hospedagem em hotel e dormir em um barco, durante o evento. A cidade enfrenta cobrança de países pelo alto custo das diárias em hotéis. “Enquanto os gringos estiverem dormindo, eu vou estar pescando”, disse, em tom de brincadeira.
As declarações ocorreram durante agenda na Ilha do Marajó (PA). Na ocasião, Lula inaugurou obras relacionadas à educação na região. Ele reclamou das gestões anteriores que deixaram obras paralisadas.
“Eu, sinceramente, acho que muitos administradores públicos deveriam ser presos por irresponsabilidade. Porque quando você deixa uma obra paralisada porque foi um adversário que começou a fazer, você não está tendo nenhum respeito pelo povo da sua cidade”, criticou.
“Qual é a responsabilidade desse tipo de gente? Que tem coragem de ir para a rua pedir voto para vocês e na hora que são eleitos virar as costas para vocês e só pensam em resolver os seus problemas, e não os problemas do povo”, completou.
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